sexta-feira, 29 de maio de 2009

O que o cliente quer

Ontem tive uma das dores de cabeça mais fortes da minha vida e não conseguiria achar o botão do estabilizador mesmo se tentasse. Hoje fui parar no hospital, tomei um monte de agulhadas, fiquei no soro e agora estamos aqui. Enxaqueca é fogo... Bem, estive pensando no porquê de muitas empresas fecharem as portas tão rápido. A câmara dos dirigentes lojistas e o SEBRAE realizaram uma pesquisa e constataram que a maior parte das empresas fecham as portas antes de completar dois anos de vida.
Eu cheguei a conclusão de que se os clientes fossem melhor atendidos, esse número cairia muito e o negócio poderia prosperar.
CASO 1: Certa vez procurei um salão de beleza em um Shopping aqui dessa cidade escatológica. O salão era (era) muuuuito chique, careiro e metido a besta, mas como queria um corte complicado aceitei a afronta e fui. Antes da hora marcada para o corte passei em uma loja de departamentos e peguei um catálogo da nova coleção onde a atriz Priscila Fantim posava na capa.

Ao me sentar na cadeira do salão tentei explicar à cabeleireira (hair estilist pra eles) que gostaria de um corte na diagonal, bem curto mostrando a nuca atrás e deixando a franja assimétrica mais comprida na frente. Bem, ocorre que a tal da "hair estilist" me deixou a cara da Priscila Fantim (nada contra, ela é linda, mas não era o que eu queria!!!). Conclusão: nunca mais voltei e o salão que cobrava os olhos da cara para fazer um corte faliu!!!
Ontem fui à um salão na frente de uma modesta casinha, onde sequer havia placa identificando o lugar como um salão de beleza. Só dava pra saber por uma faixa simplória, onde se liam os preços (baixíssimos) e outros serviços de brinde (sim, brindes!!!).
Eu tomei coragem, entrei, cortei o cabelo e a cabeleireira cortou EXATAMENTE COMO EU PEDI, passei chapinha e de brinde ainda ganhei as sobrancelhas feitas. Paguei meio sem graça a módica quantia de R$ 11,00 e marquei selagem e escova progressiva. Saí satisfeita e no fim decidi que vou virar freguesa dela. Descobri também que ela tem tantas clientes que sequer tem tempo para sentar. Isso é ou não é empreendedorismo??
CASO 2: Há cerca de 8 anos, meu marido e eu procurávamos um carro seminovo para comprar. Chegamos em uma concessionária perto do Aeroporto e vimos um Siena vermelho lindo, cujo único detalhe era um pequenino amassado perto do pára choques. O vendedor sanguinário quis nos empurrar um carro zero quase duas vezes mais caro do que o seminovo que queríamos comprar. Conclusão: saímos da concessionária sem comprar o carro e hoje me arrependo de não ter batido o pé em comprar o Siena que gostamos. Inexperiência é #¨*&.
CASO 3: Outro dia estava procurando papel contact para fazer o adesivo de parede para a minha sala (sim, decidi fazer eu mesma). Entrei em uma loja e fui muito bem recebida por uma senhora que me explicou que não tinha papel adesivo, mas me tratou muito bem e foi um doce com minhas meninas-furacão. Conclusão: Ontem fui à loja e comprei uns tecidos e em Setembro vou buscar dois roupões para as minhas meninas e dois jogos de cama completos pra mim (depois de 10 anos de casamento está passando da hora). A vendedora se lembrava de mim, explicou tudo sobre tudo o que eu perguntava e saí de lá com vontade de voltar.

CASO 4: Saindo dessa loja passei em uma elétrica para comprar uma lâmpada dicróica para o meu banheiro. A vendedora parecia ser minha inimiga íntima e me respondeu entre dentes que custava R$ 4,00 e me olhava feio como se estivesse ali para roubá-la. Adorei um lustre que vi na loja mas sinceramente não pretendo voltar mais lá uma vez que fui maltratada.

Atendimento conta mais que preço e se um cliente satisfeito faz propaganda do seu estabelecimento para mais três pessoas, um cliente insatisfeito fala mal de você para dez ou onze e o aspecto e o luxo não são os fatores mais importantes e não vão ser decisivos se não houver cortesia do pessoal da área de vendas.
O cliente que hoje procura por um item de 4 Reais amanhã pode procurar por um ou mais itens de mil, dois mil, etc e se ele for bem tratado vai procurar a sua empresa para realizar essa compra mais alta.
Um vendedor tem por obrigação primária conhecer a fundo o seu produto para esclarecer todas as dúvidas do seu cliente. Se ele sair satisfeito, ele com certeza volta, se ele se sentir enganado, pode procurar os seus direitos e vai falar muito mal do estabelecimento que o atendeu pela metade.
Não sou especialista, mas sou uma cliente compulsiva e gosto de ser bem tratada e se você que está lendo tiver um comércio ou trabalhar na área, lembre-se dessa lição.
Abraços!!!

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