Osteoporose e você



Nos dias atuais, as mulheres estão definitivamente inseridas no mundo competitivo do trabalho, exercendo todas as funções imagináveis com competência e charme. Contudo essa alteração na agenda feminina está obrigando as mulheres a adotarem um estilo de vida não muito saudável, figurando a alimentação como um dos principais fatores de preocupação das mulheres, médicos, nutricionistas e pesquisadores da área da saúde. Dentre as doenças que podem surgir com uma má alimentação, além claro, do fator genético está a osteoporose.

A osteoporose é uma das doenças metabólicas mais frequentes e se manifesta principalmente em idosos afetando em média 30% das mulheres em pós- menopausa, tendo como característica a perda da densidade mineral óssea e as fraturas como sua manifestação clínica mais grave. A doença ocorre devido ao fato dos ossos sofrerem um processo de renovação natural constante chamado remodelamento ósseo.

Através do remodelamento, o tecido ósseo substitui células velhas por novas e o organismo pode dispor de elementos importantes que são armazenados nos ossos, como o cálcio. Essa renovação é feita por células especializadas chamadas osteoclastos que tem a função de escavar o tecido ósseo, criando lacunas nas quais outras células especializadas, os osteoblastos preenchem essas lacunas com novo tecido ósseo. Esse ciclo de renovação dura em média três meses. Os problemas começam a acontecer após os trinta anos de idade, que é quando o tecido ósseo reposto é menor que o tecido retirado do organismo, criando assim um balanço negativo.

A alimentação entra nesse cenário retardando o processo de degeneração óssea quando adotamos uma dieta rica em fontes de cálcio e vitaminas ( leite, queijos, ovos, folhosas verde escuro, manteigas) ou acelerando o processo de desmineralização óssea quando optamos por alimentos com altos teores de açúcar e cafeína, tais como refrigerantes e bebidas energéticas.

 Os fatores determinantes da osteoporose são:

• Genéticos: Raça branca ou asiática, história familiar, baixa estatura, pouca massa muscular.
• Estilo de vida: Sedentarismo, baixa ingestão de cálcio, pouca exposição solar, tabagismo, alcoolismo, dieta vegetariana, ingestão permanente de cafeína e proteínas somente.
• Ginecológicos: Menopausa precoce sem reposição hormonal, primeira menstruação tardia, retirada cirúrgica dos ovários sem reposição hormonal.

É de grande importância que adotemos um estilo de vida saudável com exercícios físicos adequados, alimentação balanceada e visitas regulares ao médico para acompanhar as taxas de densidade mineral óssea.

Um grande abraço!

Artigo escrito pelo professor Rogério Magalhães Penha
Especialista em Fisiologia do Exercício