domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dengue: Um perigo real

Todo ano é a mesma coisa, começam as chuvas e as propagandas de combate à dengue se sucedem, maaaaaaas é verdade, nosso país ainda amarga muitos casos de morte por essa doença gagá de tão velha.

Tudo isso poderia ser evitado se não fossemos tão porquinhos e descuidados com as nossas coisas. Lá em casa já tratei de colocar areia nos vasinhos de plantas, pó de fumo nas bromélias, verifiquei a tampa da caixa d´água e está tudo OK, troquei telhas trincadas e quebradas pra não empoçar água na manta térmica que fica logo abaixo, limpei os entulhos do terreno vazio ao lado (sim, o vizinho também nesse caso pode te prejudicar) e fiz uma vistoria geral pra não deixar nenhum lugar onde aquele mosquito sem vergonha pudesse procriar, faça isso na sua casa você também, pode custar uma vida e.. quem sabe essa vida pode ser a sua...

Encontrei na Web informações sobre a praga do mosquito e sobre a doença

O MOSQUITO



O mosquito Aedes aegypti, menor que um pernilongo comum, tem cor escura e corpo e patas listrados de branco. Ele não nasce com o vírus da dengue, mas se torna portador depois de picar uma pessoa contaminada.

Apenas a fêmea pica o ser humano (somente de dia) e deposita seus ovos geralmente em água limpa ou suja, parada e na sombra.

O QUE É A DENGUE E SEUS TIPOS


A dengue é a doença infecciosa causada por vírus, aguda e de gravidade variável. Apresenta-se sob as formas de dengue clássica (tipos 1 e 2) e dengue hemorrágica (tipo 3), sendo essa última a forma mais grave da doença no Brasil. A dengue hemorrágica (tipo 3) ocorre quando um indivíduo contrai novamente a dengue causada por um vírus de sorotipo incompatível com aquele que o infectou na primeira vez.

No Brasil, o Aedes aegypti ainda transmite a febre amarela, o que a Funasa já constatou em Goiás e Minas Gerais, estados sob intensas chuvas.

PREVENÇÃO E COMBATE


Nesta época, não use vasos ou jarros de flores ou plantas com água acumulada.
Manter os vasos de plantas secos. Tampar caixas d'água.
Manter o quintal livre de pneus, copos, latas e quaisquer recipientes que possam acumular água e facilitar a reprodução do mosquito.

Evite jogar lixo próximo a bueiros. Se eles entupirem, poderão formar poças de água que facilitarão a proliferação do mosquito.

Se for necessário manter recipientes com água para o abastecimento da casa, deixe-os muitos bem tampados, para evitar a entrada do mosquito.
O método mais usado no combate ao Aedes aegypti, atualmente, é o da aspersão dos inseticidas organofosforados, altamente tóxicos para homens, animais e plantas.
Esses inseticidas são os do fumacê e do líquido usados pelos técnicos em saúde pública.
A bióloga Alessandra discorda da utilização desses inseticidas: "A borra de café, além de ter custo zero, é de fácil aplicação, principalmente entre a população de baixa renda, não é tóxica, não prejudica as plantas e pode servir até como adubo."

O estudo já foi apresentado à Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) do Estado de São Paulo e à Vigilância Sanitária federal.

A Prefeitura de São José do Rio Preto foi a pioneira na campanha de difusão da informação sobre a borra de café como veneno contra o anti-Aedes. Naquele município, estão sendo distribuídos folhetos explicativos sobre o uso da borra.

Outra forma simples e caseira de combate é diluir uma colher de chá de água sanitária em um litro de água e borrifar nas plantas e nos vasos. O procedimento não causa danos às plantas.

OS SINTOMAS

Depois de três dias após a picada, a pessoa começa a ter febre, dor de cabeça (na região ocular principalmente), dor nos ossos, prostração, vômito, diarréia, falta de apetite e erupções na pele.

A dengue hemorrágica surge de três a cinco dias depois do aparecimento dos primeiros sintomas. O doente tem uma súbita melhora e a febre desaparece.

Em questão de horas, a febre volta, seguida por suores, pele pálida, frieza nas extremidades (mãos, pés, nariz ), dor de garganta, pulso fraco e queda de pressão, além de dores no estômago e abaixo das costelas.

O QUE FAZER

Quem apresentar um desses sintomas, que é parecido com a gripe ou resfriado, deve imediatamente, procurar orientação médica, fazer repouso, beber muito líquido, em doses pequenas, mas repetidas, em espaços curtos de tempo.

E atenção! A pessoa não deve se automedicar. Não tomar remédio do tipo aspirina, à base de ácido acetilsalicílico e dipirona (novalgina), antitérmicos e analgésicos, para baixar a febre ou aliviar as dores. Tais medicamentos aumentam o risco de sangramento e prejudicam o tratamento e a cura, podendo levar os pacientes para a dengue do tipo hemorrágico.

O CICLO E TRANSMISSÃO

O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto.
A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem, na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos:

1)O mosquito, inseto fêmea , pica uma pessoa infectada, mantém o vírus na saliva . Após a ingestão de sangue infectado, ocorre na fêmea um período de incubação que varia de oito a 12 dias.

2)O mosquito a partir daí, se transforma em transmissor da doença, podendo contaminar até 300 pessoas, em seus até 45 dias de vida.

3) Se uma pessoa picada já tiver contraído dengue antes, a doença pode evoluir para a forma hemorrágica.


MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DE MOSQUITOS


  1. Evitar água parada.
  2. Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
  3. Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.
  4. Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.
  5. Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
  6. Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
  7. Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
  8. Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
  9. Não acumular latas, pneus e garrafas.
  10. Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
  11. Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento.
  12. Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.
  13. Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.
  14. Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.
  15. Não cultivar plantas aquáticas.
Lembrando ainda que qualquer sintoma deve ser analisado com cuidado por um médico.

(Fonte: Jornal do Commercio - www.jornaldocommercio.com.br e
Boletim Raízes da Terra www.cesamep.cjb.net )

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